quarta-feira, 16 de maio de 2012

Porque você crê que a Bíblia é a Palavra de Deus? ( Parte III)

 Por António Gilberto

A Bíblia é a Palavra de Deus (Parte III)

A perfeita harmonia e unidade das Sagradas Escrituras
 
A existência da Bíblia até os nossos dias só pode ser explicada como um milagre. Há nela 66 livros, escritos por cerca de 40 escritores, cobrindo um período de 16 séculos. Esses homens, na maior parte dos casos, não se conheceram. Viveram em lugares distantes de três continentes e escrevendo em duas línguas principais. Devido a essas circunstâncias, em muitos casos, os autores nada sabiam do que já havia sido escrito. Muitas vezes um escritor iniciava um assunto e, séculos depois, um outro completava-o com tanta riqueza de detalhes que somente um livro vindo de Deus podia ser assim. Uma obra humana, em tais circunstâncias, seria uma babel indecifrável!

Consideremos alguns pormenores dessa harmonia.


1) Os escritores – Foram homens de todas as atividades da vida humana, daí a diversidade de estilos encontrados na Bíblia. Moisés foi príncipe e legislador, além de general; Josué foi um grande comandante; Davi e Salomão, reis e poetas; Isaías, estadista e profeta; Daniel, chefe de Estado; Pedro, Tiago e João, pescadores; Zacarias e Jeremias, sacerdotes e profetas; Amós era homem do campo e cuidava do gado; Mateus, funcionário público; Paulo, teólogo e erudito, e assim por diante. Apesar de toda essa diversidade, quando examinamos os escritos desses homens, sob tantos estilos diferentes, verificamos que eles se completam, tratando de um só assunto! O produto da pena de cada um deles não gerou muitos livros, mas um só livro, poderoso e coerente!


2) As condições – Não houve uniformidade de condições na composição dos livros da Bíblia. Uns foram escritos na cidade, outros no campo, no palácio, em ilhas, em prisões e no deserto. Moisés escreveu o Pentateuco nas solitárias paragens do deserto. Jeremias, nas trevas e sujidade da masmorra. Davi, nas verdes colinas dos campos. Paulo escreveu muitas de suas epístolas nas prisões. João, no exílio, na Ilha de Patmos. Apesar de tantas diferentes condições, a mensagem da Bíblia é sempre única. O pensamento de Deus corre uniforme e progressivo através dela, como um rio que, brotando de sua nascente, vai engrossando e aumentando suas águas até tornar-se caudaloso. A mensagem da Bíblia tem essa continuidade maravilhosa!


3) Circunstâncias – As circunstâncias em que os 66 livros foram escritos também são as mais diversas. Davi, por exemplo, escreveu certas partes de seus trabalhos no calor das batalhas; Salomão, na calma da paz. Há profetas que escreveram em meio à profunda tristeza, ao passo que Josué escreveu boa parte de seu livro durante a alegria da vitória. Apesar da pluralidade de condições, a Bíblia apresenta um só sistema de doutrinas, uma só mensagem de amor, um só meio de salvação. De Gênesis a Apocalipse, há uma só revelação, um só pensamento, um só propósito.


4) A razão dessa harmonia e unidade – Se a Bíblia fosse um livro puramente humano, sua composição seria inexplicável. Suponhamos que 40 dos melhores escritores atuais, providos de todo o necessário, fossem isolados uns dos outros, em situações diferentes, cada um com a missão de escrever uma obra sua. Se no final reuníssemos todas as obras, jamais teríamos um conjunto uniforme. Seria a pior miscelânea imaginável! Imagine, então, isso acontecendo nos antigos tempos em que a velha Bíblia foi escrita... A confusão seria muito maior! Não havia meios de comunicação como hoje, nem facilidades materiais, mas dificuldades de toda a sorte. Imagine o que seria a Bíblia se não fosse a mão de Deus!


Não há na Bíblia contradição doutrinária, histórica ou científica. Uma coisa maravilhosa é que essa unidade não jaz apenas na superfície. Quanto mais profundo for o estudo das Sagradas Escrituras, tanto mais ela aparecerá. Há, é certo, na Bíblia, aparentes contradições. Seus inimigos sustentam haver erros nela em grande quantidade. Mas o que acontece é que, estando alguém com uma trave no olho, sua visão fica deformada. Um espírito farisaico, ceticista e orgulhoso sempre achará falhas na Bíblia, porque já se dirige a ela com idéias preconcebidas e falsas.


Há uma história interessante de uma senhora que estava falando das roupas amarelas que sua vizinha punha a secar no varal, porém, na semana seguinte, lavando ela sua vidraça e olhando para fora, disse: “A vizinha mudou muito. Suas roupas estão alvas agora”. Mas era sua vidraça que estava suja! A diferença estava aí.


Se alguma falha for encontrada na Bíblia, será sempre do lado humano, como tradução mal feita, grafia inexata, interpretação forçada, má compreensão de quem estuda. Falsa aplicação aos sentidos do texto etc. Portanto, quando encontrarmos na Bíblia um trecho discrepante, erramos ao pensarmos rapidamente que é um erro. Saibamos refletir como Agostinho, que disse: “Num caso desses, deve haver erro do copista, tradução mal feita do original ou então sou eu mesmo que não consigo entender”. Seguindo esse critério para estudar as aparentes discrepâncias, você verá que nunca encontrara erros de fato nas Sagradas Escrituras.


Quanto à unidade física da Bíblia, ninguém sabe ao certo como os 66 livros se encontraram e se agruparam num só volume. Isso foi obra de Deus! Sabemos que os escritores não escreveram os 66 livros de uma vez, nem em um só lugar, nem com o objetivo de reuni-los num só volume, mas em intervalos, durante 16 séculos e em lugares que vão da Babilônia a Roma!


Reiteramos, portanto, que a perfeita harmonia desse livro é, para a mente humilde e sincera, uma prova incontestável de sua origem divina. É uma prova de que uma única mente via tudo e guiava os escritores.


Suponhamos que, na cidade onde moramos, um edifício fosse ser construído com pedras a serem preparadas em várias partes do Brasil. Chegadas as pedras, ao serem colocadas, encaixavam-se perfeitamente na construção, satisfazendo todos os detalhes e requisitos da planta. Que diria você se tal fato acontecesse? Que apenas um arquiteto dirigira os operários nas diversas pedreiras, dando minuciosas instruções a cada um deles. É o caso da Bíblia, o templo da verdade de Deus. As “pedras” foram preparadas em tempos e lugares remotos, mas, ao serem postas juntas, combinaram-se perfeitamente, porque atrás de cada elemento humano estava em operação a mente infinita de Deus.


No próximo artigo, falaremos sobre a relação de Jesus com as Escrituras.
Fonte: www.cpadnews.com.br 

Sobre o pastor

Pastor Antonio Gilberto é consultor doutrinário da CPAD, membro da Casa de Letras Emílio Conde, mestre em Teologia, graduado em Psicologia, Pedagogia e Letras, membro da diretoria da Global University nos Estados Unidos e autor dos livros “Mensagens, Estudos e Explanações em 1 Coríntios”, “O Calendário da Profecia”, “O Fruto do Espírito”, “A Bíblia: o livro, a mensagem e a história”, “A Prática do Evangelismo Pessoal”, “Verdades Pentecostais”, “A Bíblia através de séculos”, “Crescimento em Cristo” e “Manual de Escola Dominical”, todos títulos da CPAD, sendo este último o seu maior best-seller, com mais de 200 mil exemplares vendidos. 

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